Comunidades do Leme, Babilônia e Chapéu Magueira apostam nos bons exemplos da polícia para as crianças
Guilherme Amado - Extra
O charme da vista para o mar do Leme - visível de quase todos os cantos das favelas da Babilônia e do Chapéu-Mangueira - não significava que seus cinco mil moradores tivessem uma linha de horizonte positiva. Mas as esperanças dos moradores se renovaram. Ao perguntar o que mais mudou com a Unidade Pacificadora, lá instalada há oito meses, a resposta é unânime: o exemplo às crianças. Saem os traficantes armados e entra a farda azul - mesma cor do oceano em frente - para patrulhar as comunidades. Com eles, otimismo e fé no futuro. Mas ainda são fortes as lembranças das noites de conflitos - com a polícia ou com bandidos rivais - para a doméstica Danila Macedo de Oliveira, de 61 anos. Ela, que chegou a perder uma geladeira atingida por bala perdida, aposta num futuro de paz para a neta.
- Às vezes, tinha traficante na minha porta e eu era obrigado a pedir licença para entrar na minha própria casa. Em brigas de marido e mulher, os bandidos resolviam com pauladas. O nome da vítima era grifado na madeira - recorda M., pastor da Assembleia de Deus e morador do Babilônia.
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