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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

msg de natal


Se voce quiser ouvir uma mensagem natalina na voz do Cmt, entre no linque abaixo:



caso não consiga digite:

http://www.youtube.com/v/46acrI08iEU&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE NATAL

Natal é tempo de reflexão. Muito mais importante do que dar e receber presentes esta época de natal é uma época em que as pessoas sempre são levadas à reflexão. Talvez este fenômeno seja possível por causa da proximidade com o encerramento do ano, com a finalização dos projetos daquele período. Mas, eu gostaria de incentivar você a não desistir. Se os seu projetos e planos para o ano de 2009 não foram todos realizados, se não foram todos executados como você planejou ou se, até por circunstâncias que você não previu, eles foram impedidos de se consumar;
NÃO DESISTA!
Há um ano para iniciar, onde para todos nós haverá a mesma quantidade de horas e as mesmas oportunidades para reiniciar seus planos sejam eles de estudar, trabalhar, construir, realizar em fim executar seu planos novos e os mais antigos que ainda não se realizaram.

Mas, a época natalina é tempo de reflexão, também por que, nesta época estamos voltados para este apelo comercial de dar e receber presente, participar de confraternizações, de fazer amigos ocultos, festas no trabalho na escola na igreja... nesta época refletimos, normalmente, sobre amizades, dinheiro, familia, passado e futuro, etc

Gostaria de trazer, porém, outra reflexão para você:
Você mesmo!
Para isto quero trazer algumas afirmações e indagações:
a - Você realmente acha que tudo que acontece é casual e que não existe um Deus que tudo orquetra no Universo?
b - Será que não existe um propósito especifico para voce nesta vida, neste ano, e no vindouro?
c - Pense um pouco sobre as coisas que acontecerem durante este ano de 2009 e no anteriores que te levaram a acreditar que alguém olha por voce.
d - Existe um plano de Deus para a sua vida, e isto é tão certo quanto o fato de ser você uma pessoa única.
e - A natal é muito mais que presentes é momento de perdão e esperança.

Pense.....

Este é um momento de reflexão.

Reflita.

Busque a sua verdade e verdadeira verdade.

O perdão que se relaciona com o Natal é aquele surge com o nascimento de Cristo e sobre isto precisamos pensar.

A esperança esta, igualmente atrelada a novas perspectivas e novidades do anos que esta chegando.

Mas, uma mensagem de Natal deve desejar, e é o que desejo a todos, um feliz Natal, repleto de felicidades, passado com os seus familiares e amigos, onde cada um possa descobrir verdades importantes a respeito de si mesmo. Sem excessos e na Paz!

Quanto ao ano novo, 2010? Ele, tenho certeza será um ano inesquecível, não só pelas brilhantes realizações que te esperam, pelas conquistas que você terá, mas principalmente porque você poderá ser ainda mais feliz, trilhando o caminho da vitória e esperanças!

Que venha 2010 e com ele as vitórias que Deus já preparou para nós!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E S P E L H O


Outro dia coloquei um espelho em um corresdor morto em minha casa. O resultado do trabalho foi impressionante. O ambente guanhou vida, espaço importancia. Comecei a pensar sobre esta atitu. de e estou compartilhando as conclusões com voces.
O espelho permite que olhemos para nós mesmos, vendo-nos como os outros no veem. O que isto proporciona e a oportunidade de nos corrigirmos. Veja como as mulheres, embora não sejam só elas, gostam de espelhos. Pois neste maravilhoso equipamento elas corrigem distorçoes em sua imagem pública: retocam o baton, refazem o pentiado, ajeitam o vestido e corrigem a postura.
A imagem do espelho não pode ser esquecida. (Tg 1:23 e 24 Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era)

A Corporação e espelho como melhoria de auto imagem Por um minuto quando refletia sobre a lógica do espelho fiquei imaginando como a Policia Militar poderia aproveita-la para melhorar sua imagem. Descobri que a riqueza da pluralidade tanto das funções como das pessoas que as exercem na PM, impoõe outra caracteristica. E percebi uma incontestável verdade. Quando a Instituição conseguir maximizar as potencialidades dos seus componentes, maximizar a inteligente utilização de sua multifacetada função institucional, certamemte conseguiremos resultados muito melhores, mais modernos, mais rápidos, etc. Mas como seria isto possivel? Olhando para dentro! Tão somente isto, pra si mesma. Talvez o que esteja falatando seja o espelho.
...
Outra coisa que o espelho faz é permitir que olhemos ao redor. Podemos com ele olhar as coisas por angulos que normalmente não notamos, simplesmente porque não estamos lá. Assim, no espelho podemos observando o ambiente corrigir defeitos nele e de posicionamento nosso em relação a ele. Se a iluminaçao do comododo não esta legal o espelho denuncia, se ao manobrar um veiculo precisamos corrigir a direção o espelho (retrovisor) nos orienta, etc...
Finalmente notei que o espelho, talvez ate por tudo isto, aumenta, aparentemente o espaço do lugar. As lojas isam esta ilusão para parecerem maiores do que realmente são. Este efeito aumentativo é muito interessante para uma instituição como a Policia Militar. Precisamos te-lo a nosso favor. Infelizmente, não tem sido assim. As coisas boas é qu devem ser submetidos à logica do espelho. Sendo valorizadas e “AUMENTANDO” o valor da corporação.
....
Talvez por tudo isto um local que tem um espelho é bem mais importante.
O corredor esta apenas como um local de passagem. Continuou sendo um local de passagem, mas as pessoas já o procuram e às vezes vão lá observar o ambiente, melhor a auto estima e entederem melhor como estão sendo vistas. É a lógica do espelho!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Carta do Comandante

Hoje dia nove de outubro completamos os primeiros tres meses à frente do 27º BPM.
Nesta simbolica data gostaria de dirigir-me primeiramente aos bravos e motivados policiais militares da Unidade Militar para afirmarmar que é uma enorme satisfação estar a frente de uma tropa tão diferenciada: Disciplinada, Motivadas, compromissada, entre outras qualidades. Duas coisas que o convivio com voces, policiais miliatres têm me ensindado é que decisão é a vitória da determinação sobre o talento. Em muitas ocosiões em se exigiria uma preparação mais apurada, o sucesso chegou tão somente pela determinação de voces, na horas de serviço noturno e de madrugada, nos estafantes resuloções de ocorrências, ou na simples conferencia de uma denincia, com voces eu tenho aprendido muito. Outra verdade que tenho observado no dioturno convivio com os meus comandados é que a diferença de um grupo para uma equipe é que a equipe vence junto. Tenho observado que nas operações sempre existe aqui no 27 um sentimento de equipe muito grande. Fui contagiado por ele. Entendi que toda vitoria, todo sucesso, todo bom resultado é conseqüência direta da atuação do grupo, por mais que exista um ação isolada. Descobri assim que, como já suspeitava, o comandante é como um maestro, que tem suas responsabilidade é claro, mas, que em regra não toca qualquer instrumento e assim sozinho não dá nenhum concerto, ele precisa de cada instrumento. É exatamente assim que sou. Desta forma a palavra que quero dizer aos meus companheiros de Batalhão: é muito obrigado!
Quanto à população das áreas atendidas pelo 27º.BPM, gostaria de dizer que a sua participação é fundamenteal para a melhoria da Segurança Pública na Região. Este interessante povo entendeu que é denunciando, sugerindo, elogindo, enfim participando é que a sensação de segurança melhora.

Exite uma canção do policial militar o refrão tem muito haver com omeu sentimento:

...”é sobretudo uma razão de ser”.
Ser o comandate do 27º. BPM é para mim motivo de orgulho. Aqui os valores de Justiça, Siceridade, Respeito e Contribuição, que pode ser entendido como a socialização tanto dos conhecimentos como dos recursos que temos recebido.
Nossa jornada no comando deste importante batalhão da PMERJ, esta começando. Aos meu superiores gostarisa expressar meus agradecimentos.
Deus é aquele que esta no controle de todas as coisas e aquele quem merece o agradececimento principal por esta oportunidade.
Para terminar esta manifestação gostaria de encerrar com uma mensagem que expressa nossa expectativa por estes dias para viver no batalhão (e já estamos vendo) :


NÃO DIGA AOS OUTROS COMO FAZER, MAS O QUE FAZER, E DEIXE QUE O SUPREENDAM COM OS SEUS RESULTADOS
"George S Patton"

terça-feira, 29 de setembro de 2009

LIDERANÇA E COMANDO

Outro dia estive, junto com outros policiais militares, no Quartel General, em uma palestra proferida por nada mais nada menos que Bernardinho, isto mesmo aquele da Seleção Brasileira de Voleibol. Foi para mim um dia muito interessante, especialmente, porque foi proporcionado pela Nossa Policia Militar. Mas, o que eu gostaria de ressaltar, em poucas palavras, foi que esta palestra levou-me a reflexão sobre o exercício da liderança e o exercício do comando.

Não há como, ao ouvir as afirmações do palestrante, deixar de relacioná-las com a nossa atividade diária, tais como:

“falhar ao planejar é palejar para falhar”

“A acomodação é o maior inimigo da próxima vitória”

“Nada substituiu o treinamento”

Durante as próximas postagens vou fazer cometários sobre estes conceitos e compara-los ao nosso cotidiano profissional. Acredito assim dar uma visibilidade maior a nossa atividade e até evidenciar os motivos de algumas decisões que por vezes não são bem entendidas.

Hoje vou tratar do planejamento.

Segue abaixo algumas impressões sobre o assunto extraídas da palestra:

Para Bernardinho o planejamento é uma estrada (trilho) que se dirige a um objetivo, o planejamento para que a meta seja atingida. Na prática isso representa o próximo jogo, o próximo campeonato ou a próxima temporada, mas no mundo corporativo poderia ser a próxima meta de vendas a ser batida ou a produtividade de uma determinada linha de produção. Portanto, trata-se de uma figura em permanente movimento.

As afirmações de Bernardinho, transcritas acima, parecem que foram feitas para a orientação na vida do policial militar. Nossa atividade diária é regida pelo planejamento e invariavelmente quando planejamos mal colhemos desastres ou pelo menos grandes sustos. Isto ocorre tanto no nível pessoal como no nível profissional.

No exercício do comando o planejamento assume o mesma conotação atribuída pelo palestrante, no momento de planejar, com as informações que dispomos temos que ser precisos. Não podemos falhar. Duas situações devem ser observadas: a) no planejamento necessitamos de um objetivo em mente. O que queremos fazer ou onde queremos chegar. Hoje, com novo modelo de gestão SESEG, ficou mais fácil identificar as metas, os objetivos e os alvos a serem perseguidos. b) Não dá mais para planejar isoladamente. A nova perspectiva da atividade de policia que contempla a filosofia de polícia cidadã, não autoriza a execução sem a participação social. Aliás, eu tenho uma teoria: Se o serviço que prestamos tem com beneficiária (usuária) a sociedade, esta deve ser ouvida, quando possível na hora do planejamento e sempre durante a execução. Acredito que durante o desempenho da atividade de polícia ostensiva e depois da execução a voz do usuário, serve com um feedback.

Este retorno e tão ou até mais importante que a apresentação dos resultados.

Esta postura impõe à sociedade a responsabilidade da participação.

É a avaliação do destinatário do serviço que deve nortear, não só planejamento, como também a execução e serve assim como instrumento de controle.

Nada substitui o treinamento, esta afirmação também me levou a refletir sobre conceitos antigos de condicionamento e a chamada instrução de manutenção. Ouvi há muito tempo atrás que a formação do policial militar não pode ser encarada como a produção de uma peça de reposição que venha com uma garantia de trinta anos. Acredito hoje que a formação do policial não acaba, que assim como no voleibol o policial treina para sua atividade no seu dia-à-dia. Mas existe, e hoje o comando da nossa Corporação tem esta preocupação, a necessidade de uma formação constante. Na saída para o serviço, nas reuniões com seus superiores e nas unidades de ensino. Existe hoje a possibilidade até do ensino à distancia. Tudo pode ser encarado como treinamento. Em profissão, predominantemente dinâmica. Parar para refletir, em um curso de qualquer modalidade, tem um valor que não pode ser desprezado.

Por fim, uma vez planejado, executado e devidamente reconhecido pela sociedade, tornando-se o fato de sucesso (uma vitória) em meio a comunidade. Não podemos nunca esquecer que esta vitória deve ser esquecida, pois a vitória que importa é a próxima. O que está feito está feito, como disse outro dia um amigo, só existem dois dias na vida que não se pode fazer nada, o ontem e o amanha. Por isto hoje é o dia certo de planejar e procurar crescer. Valendo-se das experiências do passado e projetando-se para o futuro melhor. Isto, porém, deve ser feito hoje! Preparar o trilho para percorrer o caminho.

Assim levaremos a nossa polícia a outro patamar de vitórias e conquistas, para a sociedade.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ANOMIA e CIDADANIA

No contexto brasileiro o fenômeno da anomia social pode ser entendido não apenas como a ausência de processos normativos, mas também na descrença daquilo que regulamenta a vida em comum dos seres sociais. Com isso, tornase claro ao indivíduo que o que “é certo” passa a ser “questionado ou duvidoso”; e o que era “incorreto”, pode ser considerado “vantajoso e seguro”.

Considera-se que anomia é uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perdem a validade. Onde prevalece a impunidade, a eficácia das normas está em perigo. As normas parecem não mais existir ou, quando invocadas, resultam sem efeito. Tal processo aponta no sentido da transformação da autoridade legítima (o Estado) em poder arbitrário e cruel.

Temos no nosso dia-à-dia temos o proverbio “tem lei que não pega”.

Nas sociedades contemporâneas assiste-se ao declínio das sanções. A impunidade tornase cotidiana. Esse processo é particularmente visível em algumas áreas da existência social. Tratase de áreas onde é mais provável ocorrer a isenção de penalidade por crimes cometidos. São chamados de “áreas de exclusão”, onde: primeiro as pessoas acabam tomando as leis em suas próprias mãos; uma Segunda área afeta a juventude. Constatase que em todas as cidades modernas os jovens são responsáveis pela grande maioria dos crimes, inclusive os crimes mais violentos. A delinquencia juvenil; Uma terceira é o reconhecimento, por parte do cidadão comum, de espaços na cidade que devem ser deliberadamente evitados. o que traduz na quebra do monopólio da violência em mãos dos órgãos e indivíduos autorizados; Uma Quarta área de exclusão diz respeito a própria falta de direção ou orientação das sanções.

O que porém estes conceitos de anomia tem que ver com o nosso dia-à-dia?

Tudo!

Entendemos que a o produto(serviço) que a Segurança Pública que vender ou pelo menos produzir tem como matéria prima a ostensividade e é a sensação de segurança. Como toda sensação ela não pode ser medida em kilos ou tempo. Não posso adquirir um kilo de Segurança ou meia duzia de paz. Ele deve ser produzida no cotidiano do cidadão.

É o contra-ponto da anomia, ou pelo, a ela se contra-põe.

Quando a policia aparece e faz cumprir as Leis, e recebida pela população com confiança, quando chega a ser desejada pelas comunidades. A anomia perde a sua força.

Eu sinceramente acredito que a presença da polícia incute nos destinatário do seu serviço, a noção de cidadania que nenhum ourto isntrumento social pode dar. Por isto sempre incentivo a paraticipação da comunidade na atuação da polícia, procuro fazer entender que o serviço será tanto melhor quanto maior for a aparticipação no ser ecercício.

Podemos ter uma comunidade, assim, entendendo que a sua participação na vida da sua cidade é o que o torna um verdadeiro cidadão.

Qual é pois o meu papel? É o de simplesmente cumprir a Lei, como aprendemos desde os bancos escolares, e de também, fazer cumpri-la.

É uma questão muito mais de combater este sentimento (fenomeno) de anomia. É um ecercício muito sério de cidadania.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A melhor profissão do mundo


A Melhor profissão do mundo

Outro dia eu estava realizando um debate em um programa de rádio, quando recebi do interlocutor uma curiosa pergunta:

“Qual o conselho que o senhor daria para uma pessoa que quer entrar na policia militar?”

Para responder esta pergunta tive refletir e como eu estava ao vivo respondi com frases feitas e jargões da nossa Corporação Policial Militar. Falei na verdade sobre o que a pessoa não deve esperar ao ingressar na PM. Ficou bem legal, mas, depois comecei a pensar, logo depois, sobre o que realmente é ser policial militar, esta reflexão me levou a escrever este texto.

O que é ser PM?

Exite uma canção que responde sem nada dizer ou dizer tudo:

...”é sobretudo uma razão de ser”.

Ao tentar responder gastaria de dizer, inicialmente, que ser policial militar de verdade, é uma profissão para quem não gosta de rotina. A vida profissional do PM é de constante surpresas, mas extremamente empolgante...

Aristóteles disse: “A nossa vocação reside onde se cruzam os talentos e as necessidades do mundo.”

Poder conhecer pessoas novas todos os dias;.....

Lidar com dificuldades das pessoas;....

Estar a cada minuto a um instante de encontrar uma situação de adrenalina pura;... (perseguções, troca de tiros, socoros ás pessoas, auxilio a outros policiais e etc.)

Estar cada dia com uma demanda diferente de pessoas de classes diferentes e com situações imprevisíveis codidianamnte, é extremamente estimulante.

Uma das coisas mais interessantes na profissão, porém, é o fato de que podemos exercitar os valores verdadeiros do nosso caráter. Dentre eles eu gostaria de detacar a justiça, sinceridade, respeito, contribuição e a disciplina. Valores que transcendem as culturas, as civilizações e realmente fazem parte do nossa vida de todo policial.

Eis como tais valores se manifestam em nossa profissão:

Justiça – a atuação do policial militar esta fundamentada em idéias de justiça, com um juramento de ingresso onde o policial promete defender a sociedade mesmo com sacrifício da própria vida. Esta pessoa se vê no dia-à-dia em situações onde o julgamento justo e a atuação ilibada são fundamentais, não só no que respeita aos seus companheiros de farda mas também no que se refere às pessoas a quem o serviço policial, prestado, se destina.

Justiça na vida do policial é mais do que um valor a ser exrecitado, ser justo é um anseio do homem como pessoa, a noção de justiça é incravada em nós por Deus e é na policia que este valor tanto se manifesta na sociedade nos desenvolve como pessoa.

E como conciliar os valores cristão com a questão de que eventualmete poderá haver em um confronto a morte? Esta é uma das questões com a qual tenho me deparado sempre, desde que ingressei na Corporação. Na minha opinião, em consonancia com a Biblia, que creio é a Palavra de Deus - e assim um guia para todos os dilemas da vida – toda autoridade é instituida por Deus, e policial assim se coloca diante da sociedade. Nesta pocisão, investido que está por Deus e pela sociedade, ele exerce a justiça de Deus, que presnde-se aos ditames da sociedade. Na PM existe um lema de SERVIR E PROTEGER. Este serviço e proteção existem em razão da sociedade e é esta unica legitimidade que possui para agir. A lei é o limite da atuação do PM. Assim em caso especiais, poderá reagir e as consequencias serão sempre n amedida de da sua reação.

Sinceridade – Em uma estreita relação com honestidade, a probidade e autenticidade dos propósitos o policial confronta-se a todo instante consigo mesmo e é treinado para policiar-se a cada dia identificando-se com os valores mais intinos no cumprimento de sua missão.

Não é necessario falar que a verdade é o grande baluarte de valor em todos os lugares ou profisões.

Respeito – Desde que ingressa na carreira o valor de respeito aos pares, superiores, semelhantes ou não é muito estimulado. Não são raras as manifestações de pessoas que desenvolveram e outras que só conheceram o significado desta palavra quando ingressaram na policia. Muitas vezes este não é um valor estimulado no seio das famílias e por isto é valor estimulado na carreira.

Contribuição – Muito conhecido com o nome de companheirismo, especialmente na policia militar, este valor é um dos valores bastante usado na melhor profissão do mundo, pois é no dia-a-dia, no serviço é que este valor é provado e confirmado pois em atuação, sempre um dependerá do outro, não só em operação mas no dia a dia. Por outro lado é daí que surge o espirito de corpo positivo, por conta de um alto nível de pertencimento.

Outra condição que acho importante abordar é a disciplina, gostaria de abordar com um enfoque novo de disciplina.

Dentro desta idéia a disciplina não é algo que funcione de fora para dentro como costumamos ver. Quero chamar atenção para outra forma de disciplina, interiorizada onde o sacrifício tem lugar quando fazemos o necessário para desenvolvermos a nossa profissão. A disciplina, assim entendida, aceita a disposição de mergulhar totalmente nela. Diante das dificuldades da profissão, dos naturais desetimulos, uma pessoa sem esta disciplina poderá dar lugar a falta de esperança. A disciplina porém, nos estimula mesmo assim. Para alguns a felicidade pode ser definida como a capacidade de subordinar o que desejamos agora ao que desejamos no final. Este sacrifício pessoal, o processo de subordinar o prazer de hoje a um prazer maior, a longo prazo, é o se entende por disciplina. Exitem muitias pessoas que equiparam idéia de disciplina à falta de liberdade, a noção da obrigação de mortifica a esponteniedade. Na verdade concluir que não há liberdade quando “temos que fazer” algo, afinal “afinal temos que fazer algo que eu tenha vontade” “quero ter liberdade e não um dever”.

Mas quero afirmar que o oposto é que é verdadeiro. APENAS PESSOAS DISCIPLINADAS SÃO REALMENTE LIVRES. Acredito inclusive, que a disciplina é uma das características mais marcantes da pessoas bem-sucedidas e felizes profissionalmente. Cada dia de trabalho se torna um longo baile a fantasia, vitso que as pessoas passam este dia criando cortinas de fumaça, em geral passam o dia arrumando desculpas pois não têm foco na disciplina. Os contratempos são inevitáveis, a infelicidade é uma escolha.

Uma máxima resumiria bem isto: “quem quer fazer arruma jeito quem não quer inventa uma desculpa”.

Por fim gostaria de dizer que poder sentir-se útil por estar integrado a um sistema maior que objetiva a segurança pública, modernamente chamada de segurança do cidadão, fazer parte da policia cidadã, é sem dúvida algum muito estimulante e atraente. O que na verdade ocorre hoje é que nós policiais militares precisamos compreender que a sociedade que queremos amanha é construída hoje com as nossas atitudes. Que se existe algo que definitivamente não podemos mudar é o nosso passado. E que o futuro é fruto de nossas escolhas hoje, assim como o nosso presente é conseqüência direta de nossas escolhas do passado. Estas frases e jargões traduzem uma grande verdade no que diz respeito a profissão policial militar. Podemos sonhar com uma policia profissional, de auto-estima elevado, respeitada na sociedade, de uniformes excelentes, e salário compatível com realidade nacional. Para isto porém precisamos o quanta antes realizar hoje ações proativas que nos induzam as qualidades que quemos no futuro. Confiança e respeito não encontradas em prateleiras, são conquistadas com trabalho duro respeito aos anseios da população, já que são uma via de mão dupla. Profissionalismo almejado só vira com ações, realizadas agora de valorização ao ensino a instrução, ao estudo ainda que realizado fora da Corporação como faculdades e cursos de especialização. Este é um investimento caro de retorno prazo mais dilatado. A auto estima é conseqüências de ações de valorização do material humano. Esta valorização deve iniciar ainda no ingresso. O trato com respeito sem desigualdades, influenciará diretamente na auto-estima da classe policial militar. Os turnos de folga e serviço são também importância fundamental para do repeito ao público interno, é necessária uma adequação que inclua o PM no mesmo nível dos outros profissionais da área da segurança do cidadão. A questão do uniforme é talvez a mais simples e já tem solução encaminhada e também melhor a imagem e auto-estima do Policial. Salves o mais difícil seja a que diz respeito aos salário. Historicamente existe um queda de braços com os governantes. Esta divergência entre o que o PM acha deve receber e o que o governante pode pagar. Tem origem na própria função do PM considerada subalterna. Passa pela falta de trato profissional as questões que tocam na imagem, como a condução de ocorrências desastrosas, nos enterros dos policiais militares, na propaganda dos concursos de ingresso, etc.

Importante frisar: O PASSADO É SENTEÇA DA QUAL NÃO CABE RECURSO, MAS O FUTURO É UM PROCESSO EM SEU INICIO, PRONTO PARA SER ENCAMINHADO!

Cada ocorrência atendida, cada telefonema de solicitação, cada despacho de viatura, leva uma marca. Esta pode ser da qualidade de excelência que queremos para o nosso futuro. Ou poderá carregar o peso de uma história de no mínimo falta de postura profissional.

Tudo que agente não deixa a gente carrega. Precisamos e podemos construir uma nova polícia, deixando o que existe e considerando como passado a ser deixado e buscando produzir um futuro promissor!

Façamos a nossa parte!

Busquemos a excelência!

Construamos um futuro brilhante para a Polícia Militar!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Estrategia para realizar a Policia Comunitária

Parceria com a comunidade

É o reconhecimento do potencial que a comunidade pode oferecer às organizações responsáveis pela segurança pública na resolução de problemas que afetam diretamente a vida de ambos: comunidade e polícia. A contribuição pode variar desde a dentificação de problemas até o planejamento de uma ação para combater e solucionar os problemas de segurança pública, em seu sentido mais amplo.

Deve-se incentivar a participação do diálogo com a comunidade, envolvendo policiais em eventos cívicos, culturais e de negócios, trabalhando juntamente com agências sociais e tomando parte de atividades educacionais e recreativas com crianças em escolas. O objetivo é inserir a polícia como parte integrante da comunidade. Assim como a igreja e a associação de bairro, a polícia será vista como mais um integrante desta comunidade, permitindo que esta interfira na definição de prioridades e alocação de recursos.

Deve-se, para incentivar esta parceria, fortalecer dois grupos essencialmente:
a) o grupo externo, a comunidade;
b) os policiais de ponta de linha.
Eles são a quem se dirige o serviço público, e os policiais de ponta de linha são o contato imediato entre polícia e comunidade.
Deve-se ter sempre em mente que a ação de um policial pode comprometer o trabalho de todos, e no limite, de toda a instituição.
O policial, inserido na comunidade deve ser um catalisador e um facilitador das mudanças e do desenvolvimento da comunidade.

Nessa atividade em conjunta, não se deve ter as tradicionais dualidade: profissional X paisano; antigo X moderno; autoridade X subordinado. Toda forma de subestimar o potencial alheio deve ser fortemente reprimido, já que policiamento comunitário é a tentativa de juntar todas as forças vivas, de dentro da instituição e de fora, da comunidade. Todos têm um potencial de
cooperação que deve ser incentivado e ampliado. Por fim, toda a instituição policial deve estar ao lado da comunidade quando essa dela precisar.

Mudança Gerencial.

O voltar-se para a comunidade implica em :
· ter clareza do tipo de mudanças necessárias visando ao policiamento comunitário, reatualizando antigas estruturas administrativas para uma nova mentalidade.
· deve-se reconhecer a necessidade de mudanças,
Isto implica em :
*mudança de uma administração burocrática para gerência de resultados
*adoção de estilo flexível de administração
*polícia comunitária exige a divisão de iniciativas, decisões rápidas e responsabilidade descendente. A responsabilidade por uma área deve ser do capitão, do sargento, do soldado.
As decisões deve ser de baixo para cima, e não de cima para baixo.
*definição do objetivo da Organização
*definição clara de metas para toda a corporação.
*critérios de avaliação
*manutenção de pessoas adequadas à nova polícia.
*planejamento a curto, médio e longo prazo
Portanto como um todo, deve a polícia incentivar a comunidade em si mesma e o patrulheiro.
Que tipo de metas a serem buscadas:
a) redução da criminalidade;
b) envolvimento com a comunidade;
c) respeito aos direitos constitucionais e à dignidade humana;
d) conservação do material permanente;
e) menor número de policiais e civis mortos (ou feridos, física ou psiquicamente).
Sob o policiamento comunitário, a supervisão serve como guia e catalisador de forças necessárias para dar suporte ao patrulheiro. Toda organização deve apoiar, guiar e encorajar a solução dos problemas locais.

Resolução de Problemas

Se a polícia reconhece que sua atividade está em ajudar a comunidade a resolver seus problemas, haverá por parte das pessoas um constante crescimento de confiança na polícia e este círculo é essencial para o sucesso do policiamento comunitário. Este processo requer uma consciência muito grande por parte dos policiais em relação às preocupações da comunidade.
Os problemas mais importantes para a população podem não ser os mais importantes para a polícia. Caso não seja um problema específico da polícia, esta deve agir em conjunto com outras agências públicas.
Problemas para comunidade:
*estacionamento de carros em regiões escolares;
*pichações;
*problemas com trânsito;
*indivíduos que perturbam comunidades;
*arrombamentos de estabelecimentos públicos;
*problemas com tráfego de carros
*problemas urbanos: falta de luz, saneamento etc.
Como solucionar:
*sempre fazendo trabalho conjunto com a comunidade e outras agências públicas
especializadas;
*trabalhos educacionais: escolas, trânsito etc
*reabilitação de centros para drogados;
*melhorando condições urbanas etc.
· reabilitação de prédios que possibilitem conduta criminosa;
· melhorar o meio ambiente urbano: iluminar ruas; remover crescimento de matagais
· lacrar prédio vazios
*educação para drogas em escolas, hospitais etc;
*redução de lesões corporais e mortes em roubos através de folhetos educativos.
O fim último da instituição é promover segurança à população através do policiamento ostensivo. Logo, ela tem de ser medida pela sua capacidade de realização de seu principal serviço: segurança..
Vale lembrar para finalizar: a melhor solução é aquela que satisfaz a comunidade, melhora a segurança, diminui a ansiedade, aumenta a ordem, fortalece os laços entre polícia e comunidade e minimiza ações coercitivas.

domingo, 16 de agosto de 2009

POLICIAMENTO COMUNITÁRIO & O CRIME


O policiamento comunitário é uma filosofia de policiamento que ganhou força nas décadas de 70 e 80, quando as organizações policiais em diversos países da América do Norte e da Europa Ocidental começaram a promover uma série de inovações na sua estrutura e funcionamento e na forma de lidar com o problema da criminalidade. Em países diferentes, as organizações policiais promoveram experiências e inovações com características diferentes. Mas, algumas destas experiências e inovações são geralmente reconhecidas como a base de um novo modelo de polícia, orientada para um novo tipo de policiamento, mais voltado para a comunidade, que ficou conhecido como policiamento comunitário . Quatro inovações são consideradas essenciais para o desenvolvimento do policiamento comunitário :
- organização da prevenção do crime tendo como base a comunidade;
- reorientação das atividades de policiamento para enfatizar os serviços não emergenciais e para organizar e mobilizar a comunidade para participar da prevenção do crime;
- descentralização do comando da polícia por áreas;
- participação de pessoas civis, não-policiais, no planejamento, execução, monitoramento e/ou avaliação das atividades de policiamento. Estudos de processos de implantação do policiamento comunitário em diversos países apontam quatro fatores cruciais para a implantação e consolidação deste tipo de policiamento (Bayley; Skolnick, 2001)
- envolvimento enérgico e permanente do chefe com os valores e implicações de uma polícia voltada para a prevenção do crime;
- motivação dos profissionais de polícia por parte do chefe de polícia; - defesa e consolidação das inovações realizadas;
- apoio público, da sociedade, do governo e da mídia.
Estes estudos apontam também as principais dificuldades para a implantação e consolidação do policiamento comunitário a cultura tradicional da polícia, centrada na pronta resposta diante do crime e da desordem e no uso da força para manter a lei e a ordem e garantir a segurança pública;
- a expectativa ou a demanda da sociedade pela pronta resposta diante do crime e da desordem e pelo uso da força para manter a lei e a ordem e garantir a segurança pública;
- o corporativismo dos policiais, expresso principalmente através das suas associações profissionais, que temem a erosão do monopólio da polícia na área da segurança pública, e conseqüentemente a redução do emprego, do salário e dos benefícios dos policiais, além daquele decorrente do crescimento da segurança privada, e também o aumento de responsabilização dos profissionais de polícia perante a sociedade;
- a limitação de recursos que a polícia dispõe para se dedicar ao atendimento de ocorrências, a investigação criminal e a organização e mobilização da comunidade, especialmente se a demanda pelo atendimento de ocorrências e investiga ção criminal é grande (seja em virtude do número de ocorrências e crimes e/ou pela pressão do governo e da sociedade);
- a falta de capacidade das organizações policiais de monitorar e avaliar o próprio trabalho e fazer escolhas entre tipos diferentes de policiamento, levando em consideração sua eficácia, eficiência e legitimidade;
- a centralização da autoridade na direção das polícias, e a falta de capacidade da direção de monitorar e avaliar o trabalho das unidades policiais e profissionais de polícia;
as divisões e conflitos entre os policiais da direção e os da ponta da linha, entre policiais experientes e os policiais novos – e,
- no caso do Brasil, uma dificuldade adicional seria a divisão e conflito entre os policiais responsáveis pelo policiamento ostensivo na polícia militar e aqueles responsáveis pela investigação criminal na polícia civil; - as divisões e conflitos entre a polícia e outros setores da administração pública;
- as divisões e conflitos entre grupos e classes sociais no interior da comunidade.


Diante destas dificuldades, há sempre o risco da oposição e da resistência a experiências e inovações visando a implementação do policiamento comunitário, dentro e fora da polícia. Mas há também um risco de que o policiamento comunitário venha a ser implantado como mais uma atividade especializada, atribuída a unidades e a profissionais especializados, pouco integrados às unidades responsáveis pelo patrulhamento, atendimento a ocorrências e investigação criminal. Ou mesmo o risco de que as unidades policiais, quando passam a ter a responsabilidade de fazer o policiamento comunitário, dêem menos valor às atividades de policiamento comunitário do que às atividades tradicionais de polícia. Por exemplo, designando para estas atividades menos tempo, menos recursos e/ou profissionais menos qualificados. O papel das lideranças da polícia é, portanto, fundamental para iniciar e sustentar experiências e inovações visando à introdução do policiamento comunitário. Freqüentemente as dificuldades são apresentadas como uma explicação ou justificativa para a não implantação do policiamento comunitário ou para as limitações e deficiências no processo de implantação do policiamento comunitário. Há muitos casos em que a explicação ou justificativa é válida. Mas há também muitos casos em que a explicação ou justificativa simplesmente mascara a falta de visão, vontade e/ou capacidade de ação das lideranças da polícia.


A doença que mais incomoda a sociedade nos dias de hoje chama-se criminalidade e quando o assunto é Segurança Pública, todos os olhares se voltam para as polícias como se elas fossem as únicas culpadas pela insegurança que aflora pelo país.
Trata-se de uma doença crônica que merece, assim como a hipertensão, medidas de controle para que os seus efeitos não debiltem por demais a sociedade.
É preciso saber que quando as polícias, o Ministério Público, o Judiciário e o sistema carcerário precisam agir, é porque os mecanismos informais de controle da sociedade falharam. É bem verdade que não existe sociedade sem crime, mas é preciso controlálo em patamares aceitáveis de convivência.
Verificamos que aquela que é mais visível no sistema da Segurança Pública, acaba sendo a mais atacada, mesmo com seus componentes sendo as maiores vítimas no combate à criminalidade.
Antes a população não conhecia e a única acusada como culpada pela insegurança era a polícia. Pessoas importantes e até muitos representantes de outros órgãos co-responsáveis ficavam no anonimato, apontando as acusações para as polícias.
Com a participação da comunidade e do envolvimento de todos os seguimentos, as polícias deixaram de ser acusadas e sim respeitadas e apoiadas, sendo os problemas resolvidos ou encaminhados pelos verdadeiros responsáveis, pois quando a comunidade conhece, ela confia respeita e auxilia a corrigir as falhas.

Há quase 30 anos CATHALA afirmava:
a polícia era freqüentemente objeto de críticas demolidoras, de apreciações muitas vezes injustas colocando, não raro, toda a instituição sob suspeita mais ou menos velada, por amplos setores da opinião pública, principalmente nos dias de hoje onde a mídia tem presença garantida na discussão dos problemas sociais e, de forma imponderada, utiliza o sensacionalismo como tempero dessas relações.
Em pesquisa realizada em 1993 , a respeito do grau de conhecimento da população em relação às suas polícias, se concluiu que o cidadão não consegue distinguir tecnicamente “quem é quem e quem faz o que”. A pesquisa apresentou as seguintes conclusões:
a) medo e a insegurança dominam a vida das pessoas. Projetos pessoais são abandonados e modificados por esse fator. O cidadão sente que sua liberdade está cerceada pelo medo, e se revolta contra as instituições que, na sua opinião, estão sendo incapazes de garantir a sua integridade, física, emocional e do seu patrimônio econômico;
b) as diferentes corporações são pouco diferenciadas pelas pessoas, sendo que os entrevistados mais pobres reconhecem a PM;
c) com dificuldade de diferenciar, a tendência, generalizar a PM. E, quando se fala ou se pensa na Polícia em geral, a associação mais imediata é a violência;
d) com raríssimas exceções, os episódios em que a presença da polícia é necessária tem sempre relação com violência. E, mesmo que a presença da polícia tenha por objetivo conter/ evitar violência, a associação é inevitável;
e) independente do lado da ação, a forte associação à violência suscita sentimentos desagradáveis em relação à polícia, sentimentos agravados pela exposição na mídia e pelas experiências negativas vivenciadas;
f) as ações sociais da polícia são muito pouco divulgadas, e estão muito pouco presentes na memória das pessoas;
g) a comunidade e a população vem perdendo a confiança na polícia, e não colabora com essa instituição, entretanto sente uma imensa necessidade de proteção;
h) a população mostra um grande anseio por ações da polícia que sinalizem movimentos em direção à competência e à moralidade;
i) as pessoas desejam e esperam que a polícia conquiste ou reconquiste a sua capacidade de desempenhar com competência o seu papel primordial que é a proteção do cidadão. E, esperam perceber algum esforço de resgate da moralidade, para que se restabeleça a confiança;
j) no entanto, o quadro que se apresenta é bastante disanimador e favorece muito mais o ceticismo do que a esperança no resgate da confiança na polícia;
k) apesar disto, carente de segurança, a população ainda se mostra receptiva e expressa o desejo de acreditar na polícia;
l) motivados pela necessidade de confiar naquela instituição que tem por função protegêlos, tentam ainda resgatar e preservar a imagem da polícia, o que se percebe através das seguintes atitudes:
· procuram justificativas para as falhas da polícia (má remuneração, falta de equipamentos, etc.);
· mantém, junto aos filhos, a figura do policialherói, o que é extremamente importante porque se refere ao futuro;
· acreditam no restabelecimento do vínculo de confiança e na colaboração comunidadepolícia através da convivência dos postos policiais.

Para isso apontam caminhos para recuperar a eficiência e resgatar a imagem. Nesta análise conjuntural, afirma ADORNO :
efeitos desse processo observam nas imagens e representações que cidadãos comuns revelam sobre as forças policiais, indicativos de graus de confiança, de expectativas e de mitos. O que os estudos vêm apontando com certa insistência é o declínio do consenso no apoio popular às operações policiais. Os policiais são percebidos como pessoas que aplicam a lei, de modo pouco satisfatório. A organização policial tornouse em algo complexo, afastado das comunidades locais, constrangida a recorrer prioritariamente à força mais do que ao consenso na contenção da ordem pública.

SCHIMIDT DE OLIVEIRA relaciona a segurança pública à concepções equivocadas apontadas:
A criminalidade é uma doença, um câncer, que deve ser extirpado do corpo social e à polícia incumbe a tarefa de acabar com a criminalidade e restabelecer a paz. Não há sociedade sem crime, portanto, acabálo é, pois, meta inatingível. O que é possível é mantêla em níveis aceitáveis, que serão coerentes com a realidade social. E essa tarefa não é só da polícia. É preciso resgatar a visão do todo. A polícia é o símbolo mais visível do sistema oficial de controle social. A expectativa da comunidade e dos próprios policiais é de que a polícia vença a criminalidade; afastem os criminosos do nosso convívio e voltemos a ter paz.

Errado! O crime é um problema de todas as instâncias formais e informais, e não só da polícia. Uma sociedade que não se interessa pelas raízes do problema do crime e da violência, que pensa que sua segurança será maior na medida em que for maior o número de criminosos atrás das grades; que não consegue desenvolver sentimentos de solidariedade; que permanece indiferente, é cruel, insensível e merece a taxa de criminalidade que tem. Sem um diálogo entre diversas instâncias, formais e informais, sem crítica e autocrítica constantes, sem reconhecer cada uma delas, suas limitações, sem buscar enxergar o todo, o nosso sistema repressivo vai continuar combatendo a criminalidade que ele próprio reproduz, reproduzindo a criminalidade que pretende combater.




Muito interessante não?
Quer saber mais..... basta linkar:




segunda-feira, 10 de agosto de 2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

A Paz com a Paz (2)

DEFINIÇÃO DO INSTRUMENTO POLÍCIA
No clima de reformas Robert Peel cria, em 1929, uma nova instituição: a polícia1.
Voltada para atender as necessidades de manter a ordem e de preservar os direitos individuais já alcançados, a nova instituição não poderia representar um retrocesso no processo de evolutivo dos direitos do homem. Ela não poderia valer-se das práticas do exército e de suas lógicas , para o uso máximo da força. Que exatamente o contrario o uso mínimo da forca. Não poderia equivaler a segurança privada, devia agir de maneira profissional e de tempo integral, sem privilegiar qualquer pessoa. Embora Peel tenha estabelecido uma série de princípios a serem perseguidos a atividade de polícia o seu dia a dia precisava ser desenhado. Nenhuma instituição anterior tinha desempenhado este papel, nestas condições e com estes objetivos. Era realmente algo novo.
Um dos seus objetivos e uma das razões de sua existência era a prevenção das desordens e do crime como uma alternativa a repressão da força militar (exército) e a severidade da punição legal. Nesta esteira, a sua atividade para realizar tarefas deveria depender da aprovação pública, relacionada diretamente com a capacidade de assegurar e manter o respeito da população. A população como conseqüência, deve apoiar e cooperar com a polícia na tarefa de observância as leis. Esta atitude cooperativa diminuiria conseqüente e proporcionalmente a necessidade do emprego da forca física.
Dentre os princípios de Peel encontramos a seguinte expressão: “Buscar e preservar a confiança publica pela imparcialidade na aplicação das leis, pela completa independência política, (..) pela oferta de serviços individualizados e amigáveis para todos os cidadãos sem distinção de riqueza ou padrão social.” Curioso e observar que já naquela época a preocupação com a particularização irregular dos serviços policiais, por motivos não legais. Esta dificuldade tem perseguido a instituição até os dias atuais como uma preocupação da atividade policial, especialmente no Rio de Janeiro. A despeito destes princípios, permanecia um dilema que até hoje se mostra discutível: como conciliar a atividade da polícia que é eminentemente restritiva, com a liberdade e os direitos civis alcançados ate então, como conciliá-la com a preexistência de uma sociedade democrática?
Este e panorama principiológico para o estabelecimento da policia de Peel.
Marcos Bretas entretanto, em sua obra, trás uma outra interpretação a respeito dos fatos e de seu surgimento. Fala em Foucault e sua discussão sobre o poder e como a necessidade de exacerbação dos mecanismos de controle sobre o indivíduo. O Autor brasileiro tem o seguinte entendimento: “as forcas policias surgem como resposta das elites aos protestos de trabalhadores contra o avanço do capitalismo desenvolvidos a partir dos movimentos luditas até o cartismo” (Bretas,1997) Para ele, o instrumento polícia não passa de mais um mecanismo de controle e repressão que o governo usa sobre o povo. Retrata-se assim a sua obra que faz um analise da polícia brasileira, especialmente a carioca, no início da república.

Com a intenção de definir a polícia como instrumento a ser usado pela sociedade, poderíamos dizer que ela tem algumas características que devem ser observadas em sua atividade. No presente trabalho procuramos sintetizá-las. Mas adiante iremos discorrer sobre o aspecto legal. São as características fundamentais considerando a sua origem : a) “CAPACIDADES COMBINADAS” - surge no espaço social a necessidade de uma forma de um arranjo de uma negociação. Esta mediação se refere ao uso mínimo de força necessário para dirimir o conflito, reprimir o ilícito, preservar a ordem pública. Em sua atuação a forca policial não pode se deixar seduzir pela fácil alternativa de impor-se pela uso máximo da força. Este e o grande diferencial da polícia nas soluções dos problemas anteriormente postas . O Estado, segundo Hobbes, surge como solução, como única alternativa que poderia solucionar o que ele chama o estado de natureza , o qual cria o impasse para a convivência, uma vez que nada e de ninguém e tudo pode ser de todos. Aos pactuarem e estabelecerem o Leviathan, os homens lhes outorgam o monopólio do uso da força, contra estes mesmos com o objetivo único de garantir direitos e estabelecer a ordem, enfim de refrear seus instintos. Mas, a força deve ser usada contra os homens só até ao limite de cumprir seus objetivos, isto e, no limite mínimo; b) LEGALIDADE E LEGITIMIDADE – É polícia o lugar da conciliação, da prática dos princípios da legalidade e da legitimidade que confirmam o Estado de Direito. Produzir a paz e harmonizar a legalidade, a sua atuação será sempre respaldada na lei. A lei genérica que lhe confere atribuição e poder e a lei especifica correspondente em cada caso, deve ser analisada. Na verdade o modelo fala harmonizar e isto pressupõe um interpretação. Qual é o limite do uso da legalidade estrita e em que ações não previstas diretamente na lei, legitimas, quando da ação policial? A resposta não e fácil. Uma coisa, porém deve ficar bem clara, e que a legitimação da autoridade deverá sempre estar assentada nos princípios da legalidade e da legitimidade, que aliados ao consentimento estabelecem o respectivo respaldo, um verdadeiro poder. Esta noção aparece juntamente com o surgimento da agência policial; c) CAPACIDADE DE MEDIAÇÃO - Ela é fundamental para permitir à Polícia “fazer o não acontecer”, utilizando a discricionariedade, exercendo assim o controle social difuso. Agora diferentemente das capacidades combinas a administração dos conflitos volta-se para o fato anterior ao acontecimento que requer a intervenção. O executivo de segurança pública deve estar atento para negociar e agir antes da ocorrência do evento evitando-o . Usando da discricionariedade poderá de forma difusa exercer uma espécie de controle social. d) VISIBILIDADE E OSTENSIVIDADE - Ostensividade é diferente de Visibilidade. Onde a Ostensividade está ligada à “produção do não acontecimento”, onde através da expectativa da polícia passar, da polícia chegar rápido, exerce o efeito dissuasório na violência ou criminalidade. Visibilidade, por sua vez, significa a ação física da polícia ser vista, o que torna sua atuação pontual no universo do espaço público. Ambas constituem características fundamentais pois a ação de policia inclui a prevenção e dissuasão dos fatos. A polícia “produz o não acontecimento”, isto é, a sua presença faz com que o fato não aconteça. Como medir isso? A “produção do não acontecimento” advém a invisibilidade da ação policial, exercendo sua presença ostensiva. Agirá sempre mediante o respaldo da comunitário, para evitar e intervir nestas ocorrências.
Para em fim tentar conceituar a polícia dentro deste contexto histórico e adaptada a uma visão moderna devemos ter em mente uma série de elementos dentre os quais são principais o Estado, Ordem Pública e Sociedade. Mas cabe uma definição. Nos termos deste trabalho poderíamos dizer que a polícia moderna é o instrumento democrático que fazendo uso mínimo da força, executa o controle social difuso, atuando em ambientes marcados pelo acaso, incerteza, emergência e risco, com ações fulcradas em legalidade e legitimidade, combina capacidades para com a finalidade preservar a Ordem Pública. Esta definição deve ser vista como de caráter social por causa do serviço que a instituição presta, isto é, esta agência presta serviço público civil essencial e posto à disposição da população.
Enquanto aqueles fatos históricos estavam se desenvolvendo no velho continente, cá em nosso território outras coisas estavam ocorriam e impulsionavam para o surgimento e aprimoramento de uma instituição, que embora com origens e motivações diferentes, deveria adotar políticas para exercer atividades semelhantes. Mas o que era diferente na nossa polícia? Muitas diferenças poderiam ser apontadas, as quais, com certeza, explicariam as diferentes formas de atuar das polícias poscedentes em nossa pátria. A diferença entretanto, que salta aos olhos é explicada pelo fato que aqui no Brasil a polícia surgiu antes da surgir a nação. Por outro lado, lá foi o povo, já organizado e sujeito de muitos direitos, quem viabilizou o surgimento da polícia. Tal circunstância tem conseqüências seriíssimas. A policia que surgiu aqui já nasceu para proteger uma minoria. Oriunda de Portugal, a Guarda Real de Policia, estabeleceu-se no Brasil com o objetivo de proteger a corte lusitana que fugira das tropas de Napoleão. Naturalmente o relacionamento com o povo que na colônia vivia não se daria nos mesmos moldes do europeu. Com certeza deste contexto histórico e de outras situações posteriores construíram um etos9 no policial brasileiro diferente daquele que existe hoje no policial inglês. A trajetória histórica da polícia brasileira é apresentada parcialmente nas obras de Thomas Holloway e Bretas. Uma breve consulta a estes livros é suficiente para identificar a forma como a policia brasileira e especialmente a do Rio de Janeiro, foi usada pelas elites, com o fim de manter afastadas "as ameaças". Jorge da Silva, entretanto faz uma comparação direta das origens das polícias. Referindo-se a existência de uma sociedade altamente estratificada e dependente do trabalho escravo, conclui, com o que concordamos, que a polícia preocupava-se em dar proteção a uma minoria. Sua avaliação entretanto difere dos outros autores pois dá a entender que ambas as origens eram direcionadas a para proteção das elites. É natural assim, que o padrão dos policias seja diferente. Faço aqui uma citação que julgo importante para entender o assunto:
"Estudos comparados entre a instituição policial costumam aludir às relações históricas ente a Polícia Metropolitana de Londres, os famosos bobbies surgidos em 1929, e o ambiente sociocultural em que eles atuavam. Os bobbies normalmente não portavam armas de fogo e se tornaram famosos pela cortesia imparcial e comedimento com que travavam tanto as multidões quanto os criminosos. Considera-se que isto foi possível graças ao consenso geral existente na Inglaterra quanto à legitimidade da presença da polícia nas relações sociais e da própria lei, até mesmo entre elementos anti-sociais ou criminosos anti-sociais ou criminosos. Na historiografia dos Estados Unidos, é grande a discussão em torno do grau de consenso e apoio público aos que mantêm a lei em defesa dos direitos democráticos de uma maioria democrática em uma sociedade democrática. No Rio de Janeiro, o policiamento regular começou em 1808, a melhoria administrativa das patrulhas policiais a cargo de homens armados e uniformizados iniciada em 1931 foi contemporânea de desenvolvimentos institucionais semelhantes na Europa ocidental e anterior àqueles oriundos dos Estados Unidos. Mas nenhum brasileiro, qualquer que seja sua classe ou posição ideológica, pensaria em interpretar o papel histórico da polícia urbana em função de consenso e legitimidade. Os defensores consideram as forças policiais como agentes necessários da ordem e da disciplina, enquanto os críticos vêem nelas o Estado autoritário em ação repressiva. As duas posições não são incompatíveis, tendo em comum a ausência de legitimidade e consenso na sociedade e na cultura política brasileiras"
(Thomas H. Holloway - 1997)

As tradições, os símbolos, as práticas policiais e judiciais, tem o poder de impor aos executivos de segurança um padrão já existente previamente. Muitas vezes o policial não consegue explicar o porque de certas atitudes Quando freqüenta os bancos escolares o policial encara uma realidade diferente da "prática de rua". Cria-se uma crise de identidade. O que é o policial? Será que o que a escola define? Será que se define por imposições de ordem pública?

IMPACTOS E DESAFIOS
A historiografia da policia é rica em desafios que lhe foram propostos e respondidos em dadas determinadas situações, especialmente quando tinha a função de conciliar, abafar rebeliões ou simplesmente estabelecer a Ordem Pública. Imprescindível é frisar que nesta fase estamos nos referindo a policia militar do Estado do Rio de Janeiro. Por vezes as respostas, aos desafios eram rejeitas pela comunidades, especialmente quando eram dadas para atender os interesses das elites dominantes. Marcos Bretas trás uma interessante observação, nos seguintes termos: "... o organismo policial não se destacava enquanto objeto, sendo estudado apenas em sua constituição formal, tendo sua dinâmica interna definida pela necessidade de exercer a ação repressiva sempre crescente. Definindo o processo de construção das forças policiais dentro do quadro da construção da ordem burguesa no Brasil, representada pela expansão do controle/conhecimento da nação, as instituições policiais se convertem em instrumentos de um poder que lhes é exterior, o que permite que sua abordagem se faça apenas através de relatórios, regulamentos e leis que são produzidos pela alta hierarquia policial ou mesmo em instâncias superiores do poder político ."
Interessa-nos particularmente, entretanto os desafios atuais da polícia. Ante a estas expectativas e considerações anteriormente feitas, quais seriam os grandes desafios que se apresentam para a polícia na atualidade?
Parece que o grande desafio para policial atual é o dilema proposto por Skolnick: aplicação do esforço legal de cumprir a sua missão dentro de uma sociedade democrática, onde os direitos e garantias individuais são garantidos a todos, mas lei e ordem deve ser preservada. Esta, como já visto é, aliás, a função original da agencia policial, é a sua missão, assim , por excelência. Tranforma-se , nos dias atuais, um desafio pois a complexidade da sociedade, obriga a adoção de práticas e atividades muito bem elaboradas. As sociedades são complexas pois, como no caso brasileiro a sociedade não tem modelo definido classicamente. Não é só hierarquizada, nem só igualitária. Da Matta, Kant e Gilberto Velho, referem-se a esta problemática. O ultimo chega dizer que, quando se refere a situação do Rio de Janeiro, que estaríamos no "pior dos mundos"14 Dele é a citação:
“A falta de uma política social efetiva, o desinteresse das elites e a falência do poder público, somados, são fatores fundamentais para esse quadro maior de desesperança. Ou seja, não se identifica um sistema de trocas entre as categorias social que sustente, minimamente, as noções de equidade e justiça. Assim, sem os benefícios, mesmo que limitados, da sociedade hierarquizada e sem os direitos da cidadania de uma sociedade democrática e moderna, fica-se no pior dos mundos”(grifos nossos)
Este é o ambiente de trabalho da instituição policial militar. Desafiado a todo instante a mediar, no espaço público, os conflitos que na maioria das vezes, são antes de tudo, sociais tanto no sentido do modelo híbrido e confuso da sociedade, como na origem dos problemas que surgem. A polícia deve, nestas contingências, ter a prontidão para atuar tanto nas ocorrências criminosas como nos distúrbios sociais. Combina as capacidades administrando os conflitos e mediando-os, tendo sempre em vistas as diferenças que a sociedade lhe impõe. Ressalte-se que, originalmente, a polícia haurida do Velho continente, era voltada para garantir os direitos conquistados pela sociedade que exigiu a criação, enquanto no continente pátrio, advinda de um modelo de guarda imperial, com a missão de proteger parte privilegiada da sociedade. Esta dualidade mostra o tamanho do desafio que é fazer polícia em uma cidade onde a própria polícia é vitima da inversão operada por certos "atores" sociais, os quais em momentos de crise, "viram a mesa" representando essa situação pela expressão: "Você sabe com que está falando?"
Agir, neste ambiente, com legitimidade e legalidade é parte deste desafio, não descuidando de que pode e deve pela ostensividade e visibilidade, "produzir o não acontecimento" do fato que requeira a intervenção.
Dentre os impactos que se poderia pensar em estabelecer, na atividade policial, o primeiro que vem à idéia é a modernidade. O país inteiro tem vivido dias de muitas indagações sobre o aparelho policial, sobre sua forma de existir, sobre a ética da sua responsabilidade (werberiana), sobre a essencialidade dos serviços que presta, tem sido levantadas. Tais questões estão surgindo graças as campanhas salariais produzidas em vários estados da federação. Greves, ocupações de unidades, policiais encapuzados, população a mercê de marginais, são fatos que, embora não sejam totalmente novos, fomentam a positiva polêmica sobre a polícia. Fala-se em subordiná-la ao exercito, em uma clara retórica de retroceder no tempo, e revigorar um instrumento da ditadura militar, certamente não seria a melhor solução. Propõe-se a criação de uma guarda nacional para efetuar o policiamento. Nos moldes que se apresenta não resolveria o problema pois deveria ser constituída de policias militares. Não é difícil supor que nela os problemas se repetiriam. Sugere-se, outrossim, a unificação das polícias civil e militar, esta sim tem se apresentado como uma hipótese que traria uma evolução o anseio da polícia completa15, isto é, uma polícia que realize o ciclo completo de polícia que vai da ocorrência na rua a té a sua apresentação ao juiz.
Qualquer proposta de modernidade passa obrigatoriamente, pela capacitação intelectual do policial. A história da polícia mostra que seus componentes tem sido alçados da sociedade, mas não dos mais preparados intelectualmente. Entretanto, a crise identitária, como visto anteriormente, impõe uma preparação intelectual voltada para os aspectos sociais, culturais, históricos e psicológicos como requisitos para o desenvolvimento de uma polícia mais eficiente. A iniciativa de trazer a polícia para a universidade é uma das alternativas que pode a médio e longo prazo mudar para melhor a atuação da polícia, especialmente, no que diz respeito a formulação e a execução de políticas de segurança, sem se deixar levar pela tradição brasileira de ser usada pelas elites, contra os "indesejáveis".
Efetivamente esta "modernidade" é o maior desafio da polícia.
É preciso entender que a instituição policia militar é muito mais do que os homens que a compõe. Suas tradições de quase duzentos anos de existência, seu valor axiológico como instrumento democrático obriga a uma reflexão que considere os aspectos institucionais e também os aspectos pessoais. Considerar somente os aspectos institucionais é um erro, considerar só os aspectos pessoais é, igualmente errado.


CONCLUSÃO

Problemas com o dilema do "law enforcemnt in a democratic society " ;

Problemas com a identidade por causa de práticas seculares como bater nos presos;

Problemas como lugar de polícia na sociedade e no espaço público;

Problemas e conflitos relacionados com a ideologia e a formação do policial;

Problemas com a existência de duas polícias quase que superpostas;

As sentenças supra relacionam-se com os principais problemas da polícia, seus mais relevantes desafios e apontam para a sua modernização da agência policial.
Entender a real expressão da cidadania, é fundamental para a definição da polícia, para o estabelecimento de suas atividades principais.
A polícia moderna é o instrumento democrático que fazendo uso mínimo da força, executa o controle social difuso, atuando em ambientes marcados pelo acaso, incerteza, emergência e risco, com ações fulcradas em legalidade e legitimidade, combina capacidades para preservar a Ordem Pública. O papel da polícia é também o controle social difuso, pois sua atuação concreta ocorre quando um fenômeno social se torna visível. Note-se o alto índice de ocorrências assistências. Destarte a democracia é também conceito que se relaciona diretamente com o lugar de polícia e a definição de sua atividade que ideologicamente deve ser igualitária.
O que se vê entretanto não é isto. A Polícia tem sido refém de seu próprio desempenho, ao assumir sua avaliação de desempenho nos números de prisões e apreensões, sem conhecimento público do número existente. O empirismo tem tornado a atividade policial em algo impossível de ser eficiente, especialmente no Rio de Janeiro. Os padrões de avaliação não são definidos. É necessário estudar a polícia cientificamente (a contribuição do positivismo não pode ser desprezada). Para isto os valores internacionais já existentes seriam fundamentais.
O grande desafio da modernidade, isto é, da evolução urge na polícia brasileira. Sem perder de vista as suas origens e suas especificidades cumpre analisar o modelo de outros polícias já que no nosso país faltam pesquisas e teorias sérias sobre a polícia. De certo só e imediato, só a unificação, mas o caminho para a instituição esta aberto é preciso trilhá-lo o quanto antes.

Só assim, modernizando-se para acompanhar a evolução social, mediando com competência, legalidade e legitimidade, a policia poderá cumprir cabalmente seu desafio, diuturno de produzir a paz com a paz!